Sem erro a vida não seria música.
É preciso de acidentes no meio do caminho para que se forme uma canção. Se tudo soasse natural e procurássemos viver no mesmo modo, na mesma melodia cíclica, dentro do mesmo compasso, evitando contratempos... a vida seria apenas uma apenas uma escala que sem arranjos e ou desarranjos, passaria despercebida aos ouvintes.
Se quiser que te escutem, faça sons marcantes, seja bem mais que o breve barulho que te cerca, arrisque-se em arranjos e desarranjos mais melódicos, menos metódicos, na cadência e decadência do som.
A canção perfeita ultrapassa a técnica, emana do ser, flui com suavidade entres os tímpanos e toca o coração, fazendo-nos querer cantar e desprendendo-nos em uma sinfonia que traduz a alma.