SURFARI
Ao surfar sinto-me desprovido de pensamentos fúteis e inúteis, maléficos ao ser. Somente a espera incansável da onda perfeita ocupa minha consciência. Palavras não pertinentes, vale dizer, não pertencentes ao momento vivenciado, são apenas sopros de voz.
Ondulações constantes indeterminam o tempo. A vontade de sair daquela situação proporcionada pela natureza inquieta apresenta-se quando a alma retorna ao corpo. A fome é o principal motivo a interromper o prazer.
O surfe, a fome, a digestão, o violão e o surfe, é a rotina almejada. Entretanto, nada vale sem a presença dela ao meu lado.