Duas faces da moeda ( das relações e sentimentos)

Duas faces da moeda

Ter na mão as rédeas. Dominar o animal, fazer com que ele faça exatamente qual sua vontade. Preponderar sobre o irracional. Codificar o entendimento. O que fora fascínio agora é comandado pelo homem.

Ter o devido controle da situação.

Conduzir as relações. Ai embarcamos num outro tipo de domínio.

Outro comando.

A condução dos sentimentos.

Nada de nau a deriva. Barco sem rumo. Nada de sabor das ondas. Pilotar com responsa. Quer uma bicicleta quer um Fórmula UM. O perigo do desmando, não comando, pode acarretar danos irreparáveis aos tripulantes e/ou a embarcação.

Guiar. Guindar, mãos firmes. Pensar reto. Olhos e mente atentos sobremaneira.

Em alguma parte do tão suspeito coração e não de todas as pessoas, não é regra, esse comando é difícil.

Na real, todo comando é mais delicado e frágil quando o condutor é o tal coração.

Em alguns (ou muitos), esses sentimentos roubam a clareza. Destituem a inteligência amordaçam e algemam a razoabilidade. Algumas pessoas tombam, outras vacilam e algumas situações que se configurariam intensas e perturbadoras só não ocorrem, vão a termo, porque alguém chamou para si a dona razão e a colocou de guarda. Alerta geral!

Por isso e por essas pessoas há barcos que navegam na mais absoluta calmaria, tráfego de equilíbrio, o que faz a tranqüilidade do seu comandante. Este, nunca singrará mares revoltos, dessa forma protege-se do vento das intempéries.

Estes são os casos dos que pilotam atentos para qualquer provável incidente (acidente) de percurso, e assim eliminam as chances de danos, avarias. Não admitem interposições, nada ou ninguém que transponha seus seguros caminhos.

Este é um lado dessa moeda.

O outro dá com sentimentos incompletos. Sentimentos de um lado só.

Assim é com os controversos sentimentos que só avassalam quando em duo. Só acumulam, avolumam em intensidade própria das paixões se a dois forem vividos.

Só nos corrompem a lucidez e nos fazem pessoas feitas de plenitude, se a dois.

Como na briga, o amor inconteste, precisa de par na mesma sintonia. Pisando o mesmo chão feito de nuvens. Não perdura um amor que é só. Agoniza logo ao nascer.É precocemente abortado.Resta apenas a saudade. De um amor que nem existiu. A falta inexplicável do que nem se sabe ao certo. Coisas do particular, íntimo de cada coração.

Dois lados da única moeda.

A face da segurança que quer e vai permanecer.

A outra face, do sentimento que não encontra lugar no existir.

Roseane Namastê
Enviado por Roseane Namastê em 19/09/2009
Código do texto: T1819652
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