Titulando

Durante "Cem anos de solidão",

senti por dentro

apenas um "fogo morto".

Coisas estranhas...

e por fora alguém

que não se conhecia,

não se encontrava e ao mesmo tempo

como uma "Usina", sentia-me

queimar por dentro

como se dezenas de máquinas

trabalhassem moendo,

num ritmo frenético.

E como o "Conde de Monte Cristo",

senti-me presa.

Quem eu era?

"Um estranho no espelho"?

ou apenas "Um espião contra a parede"?

Eu sabia que durante um século

eu poderia simplesmente ser "Rebeca",

"Karina" ou "Gabriela" e estar

"Bem acima do mundo".

NÚBIA CARDOSO
Enviado por NÚBIA CARDOSO em 19/09/2009
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