Eu sou jardineiro,
Um jardineiro de almas.
Planto-as em meu canteiro
Com muita fé e calma.
Almas que são perfumadas
Que espalham alegrias
Em todo o universo
E viram versos.
Outras são daninhas
Mesquinhas e arredias
Involuidas,
Morrendo ao raiar o dia.
Cultivo-as em meu coração
“Meu jardim iluminado”
Como quem cuida de um filho,
Mas sei que um dia partirão
(Quando chegar à hora)
Cada qual com seu brilho.
Conheço-as todas.
Podo-lhes os excessos
Trato-as com esmero e desvelo
E sou feliz...
Sinto, quando passo.
Que algumas
Exalam um perfume
Especial
De fêmea no regaço...
Acho que me querem bem.
E assim,
Entre cheiros e aromas
Hora de eras, manacás ou jasmim.
Vou arando
Suas auras...
Num infinito florido
E sem fim.