CORA CORALINA
(AOS TERÇOS REZADOS POR MAMÃE)
Cora Coralina, brincando de amarelinha, não lamentou a miséria de recursos, descobrira o poder das palavras como fonte de infindáveis riquezas; dos sentimentos tão prolixos e inexplicáveis brotou versos negros, brancos, caramelo e das recodações ocre da infância abasteceu-se pra vida toda de boas histórias pra “si” contar.
Não quisera Deus a ela uma vida fácil e deste mesmo querer divino, Cora olhou para frente além do 1 2 3 4 5 6, da amarelinha, esteve ora no céu, ora no inferno; aliás, como todo mundo que vive!