E S T R A D A S
Desci a estrada barrenta de terra vermelha,
um pingo de chuva caiu em minha pupila.
Tinha no meu corpo seu perfume de mulher.
Não quis olhar pra trás.
Meus cabelos embaraçados,
meus lábios mordidos.
Na boca um gosto
da sua...
O coração que batia no seu ritmo
naquela noite chuvosa e fria.
Lembro que sorri seu riso;
beijei seus beijos dissimulados.
Aliás, roubei-os.
Abafados corpos na mente,
o que se queria era a última imagem;
mesmo ofuscada com a água da chuva...
Não quis olhar pra trás.