Nem Tão Supremo

Passa tempo

Não tenho muito a esperá-lo passar

Tão vagarosamente, tão inutilmente.

Haja

Pois gasto muito a não me desgastar contigo

Sou marcado, vulnerável.

Voa

Teus enganos urgem mais pelas lástimas vividas

Que sobrevida!

Venha

Traga-me a estrela mais esguia

Na noite ímpar e primaveril.

Siga

Todos meus passos são teus guias

Concentre-se!

Não há na vida outra função à tua existência.

Se me permite, a tua persistência é estadia

E você deve isto a mim.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 23/06/2006
Reeditado em 29/03/2007
Código do texto: T180958
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