NÃO ME PERGUNTES POR QUÊ.
– Não me perguntes por quê, pois não sei.
– Se foi bom ou ruim?
– Não vem ao caso.
– Bem ou mal?
– Que diferença faz?
– Aconteceu. Infelizmente.
– Foi um ato de desatino, não o fiz por maldade;
– Puro egoismo?
– Talvez.
– Se te amo?
– O que é o amor?
– É entrega?
– Doação?
– Então ti amo... Ou te amei... Entenda como queira;
– Não sei.
– Não me perguntes por quê.
– Sabes muito bem o quanto te quiz e ainda te quero.
– Jeito estranho de gostar?
– Mas, é assim que eu gosto.
– Eu tambem dediquei minha vida a ti, não seja por isso.
– Se estás arrependida, por que fizeste?
– Melhor não tivesse feito.
– Pedir perdão?
– Mudaria alguma coisa?
– Não sei. Ja disse. Não me perguntes pois não sei responder.
– Você está magoada, machucada, coração partido.
– Sei que errei, assumo o erro, mesmo sabendo que isso te doi.
– Sempre assumi minhas atitudes, certo ou errado, positivas ou negativas...
– Sabes que não sou de fugir da responsabilidade.
– Como queira. Irresponsabilidade.
– Se alguem aqui cedeu em alguma coisa durante tode esse tempo, esse alguem fui eu;
– É o que penso.
– Voltar?... Prá que?...
– Para você achincalhar-me na primeira oportunidade?
– Falar que eu sou isso ou aquilo? Que fiz isso ou aquilo?
– Tudo que fiz, fui ou deixei de ser, não vem mais ao caso.
– Sempre assumi meus erros/enganos, não iria ser agora que fugiria.
– Você está magoada, machucada;
– Negar?... Mudaria alguma coisa?...
– Nada.
– Reconheço o valor que tiveste em nossas vida, se não a respeitei como deveria foi por puro egoismo.
– Assumo... Errei e tenho que pagar pelo meu erro.
– Não me queira mal. O errado nessa história sou eu.
– Lamento. Perdão, pronto.
– Se chorares é porque ainda me amas.
– Não. Não quero que chores.
– Não sou merecedor de teu pranto.
– Perdão...