Vida e morte, prostitutas mestras do cabaré da beira da estrada de cada um de nós.
Vida e morte, prostitutas mestras do cabaré da beira da estrada de cada um de nós.
(sem exceções, por favor.)
19 jan 92 15:00 horas.
Se não posso mesmo
fugir de suas tetas, morte,
e de sua florzinha, vida,
devo associar-me
e tornar-me gigolô eterno?
Veja-me, chego ao seu bordel
Tomo suas protegidas
entre meus braços,
cheios de feridas e
derrotas amargas.
E elas todas aconchegam-se em mim:
“- Ah! Que pixis tesudo!”
E é tudo mentira!
Pois que nunca entrei nesse tal antro.
Que um dia chuparei tuas tetas, morte;
Que um dia cheirarei tua flor, vida;
que duvida tenhais disso?
Que amarei – por certo –
todas as meninas de nomes
de tantos significados,
como angustia, desesperança,
que tão certo é!
E depois, deixai-me ao meu
grande e famoso livre arbítrio.
E a terceira prostituta
que tão amada, frágil (e omissa!)
como encontrá-la?
Ah, dio porco, onde está??
Sei que não deve estar na música
“Electric Phase” da banda UFO,
Mas ai também procuro.
Certo dia encontrarei.
Ai eu conto? Não sei não...