Mergulho

As angústias... Falar delas?... Elas são cruas.

O dia encontra o paraíso... Quando ouves um sorriso.

E falar do que perde a importância é perder o tempo cronometrado de segundos válidos.

E o universo templário gira o disco de um eco... Um vácuo.

Seguimos tudo... Somos o infinito dialogado. Perdemo-nos em dias soletrados... Em cada prato.

E, se por ventura, alguém perguntar... Falamos que estamos apaixonados... Um abrigo voluntário. Escolhido, em fino trato.

E a prosa ganha som... Um batuque adornado pelas fibras da madeira... Um cantarolar de uma dança-cigana... Os rabiscos de um texto qualquer.

O dia nasceu mais uma vez... Espetáculo!

Somos tudo... As gotas de suor da face... As vestes em lenços retirados... A boca que abre o sorriso... A voz que arrepia o juízo...

Dia perfeito para rodopiar na cachoeira... Deixar a luz entrar pelos poros...

O amor em seu caráter mais puro... O beijo na face que vira um mergulho...

Assim, ditamos as regras de uma vida seleta...

Um sumo de águas que banham os corpos.

08:51