EMBRIAGADA

Eu mergulho num mar de dúvidas toda vez que te busco da janela e teu olhar não me responde. Eu me perco num cinzento de crenças e descrenças e me vejo afundar num lamaçal de recordações que recalcaram os meus sonhos no passado. Assim eu me debato, não vejo saída e afundo na escuridão sombria do desengano. Nesses instantes eu sofro, eu choro, fico negra e me embriago.

Então tu me percebes e a calmaria suaviza minhas ondas furiosas. Eu me esqueço totalmente do passado e sinto fluir de ti a luz que direciona meu caminho. Eu me amedronto da felicidade que me invade. Eu me sinto renascer e vivo e morro tantas vezes que, sempre que me queres, eu esqueço até de mim para seguir teus pasos. Assim me ilumino e me dou. Nesses instantes sou calada, sou vibrante e novamente estou embriagada, porque a alegria entorpece também,

Giustina
Enviado por Giustina em 12/09/2009
Reeditado em 14/05/2015
Código do texto: T1805648
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