Quando Setembro Chegou
Pelas janelas olhava as ruas entrelaçadas.
Nelas embaralhei minhas vias expressas.
Mesmo muda expressei o caos que me comandava.
Incomodavam-me as portas abertas de um setembro de inesperados fatos.
Acontecimentos esperados, mas não ansiados conquistaram-me na tarde ensolarada.
Um receio inusitado acercou-me de todas as formas.
De todos meus modos acomodados precisei retirar-me.
Foi preciso viver, sobreviver a mim, a despeito do medo instalado a força...
Bem depois do sinal de perigo iminente, a opção de não querer inexiste.
Despejaram-me vidas através de fios que me sondaram intimamente.
Esta coisa de invasão da minha nudez é típica da monstruosidade humana; salvar aquela parte do eu está acima da legitimidade pertinente e permissível ao racional.
Materialismo cômodo no momento adequando-se a mim num evento raro, mas exato.
Se fizer efeito e se tiver uma lógica, ótimo então!
Se não, que se descarte e nem arte seja e nem questão se faça...