palavras, palavras, palavras
 


A palavra não dita é como a personagem nunca vista:
por um momento fica em "off"
na formação do pensamento num silêncio de texto representado,
produzido pela mente,
mas calando aspectos de frases, óbvios às vezes, no entanto
presença não traduzida
que pode ser expressada num gesto de ato falho ou represada
para ser corrente transbordada
em outras falas oriundas de diferentes expressões, tais quais fantasmas
a assombrar ações incondizentes
com os argumentos traduzidos pelos verbos, não diretamente descritas
com palavras,
que surgem entretanto , quase certamente,
num "teorema do humano infinito",
transcritas do coração "scriptorium", fosse num triângulo de probabilidades,
ressoando em cada lado: "palavras, palavras, palavras",
que responde Hamlet na Cena dois do Ato dois...
 
 
Joseph Shafan – 09/09/09 (3 X 9 = 27 ... 2 +7 = 9) – 21:33 h
para o mote “O que as palavras não dizem” do POL
proposto por Tetita no Fórum do Recanto das Letras