Capítulo final - Segredo da Vida II
Há certos momentos da infância que são inesquecíveis como, no meu caso, uma certa edição da revista "Pato Donald" que trazia o Mickey como detetive, onde aparecia um papagaio da "Terra do Trás-Pra-Frente que disse ao herói: "OTRUC É O OPMET!"... Outra frase que ressurge, dentro da mesma baila, é: "a vida é curta; curta a vida". Aquilo que experimentamos é que vai nos dando certeza, mas como comparamos e constatamos mediante os sentidos há uma incerteza relativa. Quente, morno ou frio, nem tanto, nem muito, nem pouco, mais, menos, mais ou menos, leve, pesado, medido, sentido, amado, querido, desejado, desprezado... sentimentos no espaço-tempo, que revelam limites e possibilidades, num contínuo, até certo ponto, lembrar, aprender, esquecer... Dia, noite, manhãs, entardeceres, repetem-se e "achamos" serem iguais, sem a devida atenção, num desperdício de dias, horas, de tempo, de vida... Planejamos nossas certezas no incerto e o que podemos aprender com isso, a não ser valorizar o presente, talvez pelas cinzas do passado ou nas chamas ou brasas no futuro? O tempo é só um intervalo? Um século, uma década, um ano, um dia, uma hora, um segundo, que não passam nem lentos nem depressa, mas de acordo com o que são: momentos fugazes? Se é certo que há milhares de anos uma determinada mulher encontrou um certo homem e concebeu uma criança da qual descendemos, o que há de certeza no antes? Bactérias se aliando? Almas que se uniram, talvez à "carne" e aos espíritos?
Se há braços, pernas, corações, cérebro na cabeça, são partes de um pequeno todo integrado a um todo maior, presente agora, talvez desde o ontem, mas que retornará à condição essencial.... e qual é essa essência?
Há eventos inevitáveis, mas quando foi mesmo que descobrimos nossos dedos, nossas mãos, nossos pés, admirados como uma experiência nova? E esse olhar para as cores, as luzes e as sombras, num diferenciar abismado das formas, das coisas, associadas ou dissociadas, como poemas de amor sob a luz do luar na cama ainda morna... Áspero, liso, ácido, amargo, salgado ou doce, odores, de uma metáfora chamada vida, de sons coloridos, ouvidos ao longe, mas que inevitavelmente se vão no espaço-tempo. A repetição de certas coisas nos dá falsas certezas da repetição de fatos... Deitar, dormir, acordar, levantar... até quando? Nem sempre... porque "sempre" é algo próximo do infinito, como "nunca" ou "jamais"... perene mesmo somente o inevitável capítulo final...
Há certos momentos da infância que são inesquecíveis como, no meu caso, uma certa edição da revista "Pato Donald" que trazia o Mickey como detetive, onde aparecia um papagaio da "Terra do Trás-Pra-Frente que disse ao herói: "OTRUC É O OPMET!"... Outra frase que ressurge, dentro da mesma baila, é: "a vida é curta; curta a vida". Aquilo que experimentamos é que vai nos dando certeza, mas como comparamos e constatamos mediante os sentidos há uma incerteza relativa. Quente, morno ou frio, nem tanto, nem muito, nem pouco, mais, menos, mais ou menos, leve, pesado, medido, sentido, amado, querido, desejado, desprezado... sentimentos no espaço-tempo, que revelam limites e possibilidades, num contínuo, até certo ponto, lembrar, aprender, esquecer... Dia, noite, manhãs, entardeceres, repetem-se e "achamos" serem iguais, sem a devida atenção, num desperdício de dias, horas, de tempo, de vida... Planejamos nossas certezas no incerto e o que podemos aprender com isso, a não ser valorizar o presente, talvez pelas cinzas do passado ou nas chamas ou brasas no futuro? O tempo é só um intervalo? Um século, uma década, um ano, um dia, uma hora, um segundo, que não passam nem lentos nem depressa, mas de acordo com o que são: momentos fugazes? Se é certo que há milhares de anos uma determinada mulher encontrou um certo homem e concebeu uma criança da qual descendemos, o que há de certeza no antes? Bactérias se aliando? Almas que se uniram, talvez à "carne" e aos espíritos?
Se há braços, pernas, corações, cérebro na cabeça, são partes de um pequeno todo integrado a um todo maior, presente agora, talvez desde o ontem, mas que retornará à condição essencial.... e qual é essa essência?
Há eventos inevitáveis, mas quando foi mesmo que descobrimos nossos dedos, nossas mãos, nossos pés, admirados como uma experiência nova? E esse olhar para as cores, as luzes e as sombras, num diferenciar abismado das formas, das coisas, associadas ou dissociadas, como poemas de amor sob a luz do luar na cama ainda morna... Áspero, liso, ácido, amargo, salgado ou doce, odores, de uma metáfora chamada vida, de sons coloridos, ouvidos ao longe, mas que inevitavelmente se vão no espaço-tempo. A repetição de certas coisas nos dá falsas certezas da repetição de fatos... Deitar, dormir, acordar, levantar... até quando? Nem sempre... porque "sempre" é algo próximo do infinito, como "nunca" ou "jamais"... perene mesmo somente o inevitável capítulo final...