AMOR RENEGADO

E navega-se sobre ondas em alto mar sem salva-vidas

na tempestade de solidão causada por um descontrole

do tempo de emoções fortes com ventos uivantes de ira...

Devido esse desarranjo de mau-estar, se está longe da família,

da esposa, dos filhos e dos amigos, mesmo sendo,

a casa de morada, próxima da praia...

Vez em quando, alguém abre porta e janela e olha

para o horizonte além-mar, para ver se avista movimento

de vulto de quem retorna ao lar...

Nada, nada, apenas se vê pessoas indo e vindo

pelo calçadão da praia e gaivotas sobrevoando o mar,

anônimas ao que se passa com alguém solitário...

E, porque não, se fazer um pedido à mãe Yemanjá,

a protetora dos navegantes, para que o mar se acalme,

permitindo assim o retorno de quem partiu, em aventura,

por se pescar outro amor pra si com a rede de seu coração vazio,

depois de se despedir do atual amor que conjugava=se...

E, esse atual amor renegado, espera que, quem o renegou volte,

com a rede vazia e lhe peça desculpas, perdão e permissão

para ficar e não mais sair em desatino para alto mar

em busca de um amor que não lhe pertence, e que,

se preserve o amor que já é seu, de conquista,

por um todo do definitivamente,

com mais e sem menos, sem menos e com mais

amor para dar, com amor que não se renega em troca.

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 08/09/2009
Código do texto: T1798644
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