AMOR RENEGADO
E navega-se sobre ondas em alto mar sem salva-vidas
na tempestade de solidão causada por um descontrole
do tempo de emoções fortes com ventos uivantes de ira...
Devido esse desarranjo de mau-estar, se está longe da família,
da esposa, dos filhos e dos amigos, mesmo sendo,
a casa de morada, próxima da praia...
Vez em quando, alguém abre porta e janela e olha
para o horizonte além-mar, para ver se avista movimento
de vulto de quem retorna ao lar...
Nada, nada, apenas se vê pessoas indo e vindo
pelo calçadão da praia e gaivotas sobrevoando o mar,
anônimas ao que se passa com alguém solitário...
E, porque não, se fazer um pedido à mãe Yemanjá,
a protetora dos navegantes, para que o mar se acalme,
permitindo assim o retorno de quem partiu, em aventura,
por se pescar outro amor pra si com a rede de seu coração vazio,
depois de se despedir do atual amor que conjugava=se...
E, esse atual amor renegado, espera que, quem o renegou volte,
com a rede vazia e lhe peça desculpas, perdão e permissão
para ficar e não mais sair em desatino para alto mar
em busca de um amor que não lhe pertence, e que,
se preserve o amor que já é seu, de conquista,
por um todo do definitivamente,
com mais e sem menos, sem menos e com mais
amor para dar, com amor que não se renega em troca.