CALADA DA NOITE

Na calada da noite,
sentindo a brisa que vem do mar,
meu pensamento viajou na historia,
olhando a fogueira queimar.
São gritos sentidos de horror,
melhor que fosse um punhal,
que digam qual foi o pecado,
que mereceu tal final.
Deus que beleza de mar,
que suave brisa a soprar,
eu desvendo o passado,
de quem morreu tão queimado,
e por ti fizeram matar,
essas bruxas que não sabiam chorar.
Mas a praia me toca uma musica singela,
entre ondas que batem na areia,
e o carrasco com mais uma vela,
é o mestre que incendeia.
Não sei qual o sentido,
sentir tanta essa paz da noite
e ouvir no pensamento os gritos do açoite.
A beleza da vida exposta ao lado da morte,
como um jogo de azar ou de sorte.
Jose Carlos Cavalcante
Enviado por Jose Carlos Cavalcante em 21/06/2006
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