UMA QUESTÃO DE INTREPRETAÇÃO

Eu sou a saudade que constrói
Sou a tristeza que á outros não dói
Sou uma simples clássica
Uma mulher meio menina
Que ainda sonha com um amanhã
Florido, ensolarado, musical
Doce como tantas palavras que busco
E que às vezes não consigo encontrar.

Eu sou inda aquela a quem a solidão
Constantemente faz companhia
E se faz inspiração, se faz poesia...
Mas que muitos reconhecem em mim
Tristeza, amargura e covardia;
Será por quê? Uma questão de interpretação
Creio eu, ou de sensibilidade pode ser.
Mas isto não importa, há de sempre
Existir um amanhã já que existimos.

Brasília, DF
06/09/2009