ALMAS OCULTAS
Almas se ocultam por entre as linhas de um doce poema.
Invisíveis, evolam-se, como a fumaça do cigarro, no cinzeiro.
De mãos dadas, flutuam no ar e espalham-se na imensidão do universo.
Almas que se ocultam na vastidão que separa o céu e a terra,
e por entre as linhas deste doce poema traçam os significados de suas vidas.
Voam juntas, entrelaçadas, por entre as palavras vagas, de uma canção.
Não há pontos e nem regras. Não há vírgulas e nem exclamação. Simplesmente, evolam-se.
Almas invisíveis, de ocultos significados.
Almas invisíveis que penetram no coração das pessoas, significando cicatrizes.
Almas que significam a si mesmas. Almas ocultas, em constante evolução.
Almas sentimento, que buscam por um momento, o sumo da vida.
Almas que se misturam entre palavras e encantos, e no enigma do conto,
no entanto, se perdem em desencontros.
Almas invisíveis, ocultas por entre as linhas, por entre os versos, e que,
em reversos, nem sabem se explicar.
Almas de abrigo, almas de tormento, almas de céu e cimento;
Almas invisíveis aos olhos humanos.
Somente perceptíveis ao coração de um poeta.
Almas que se amam. Almas que se doam.
Almas que por um momento, procuram alento, no doce fulgor de um olhar.
Almas que se enamoram, que se misturam.
Almas que perdem o eixo, e no calor de um beijo, se deixam levar.
Almas que se curtem, que se entregam, que se procuram.
Almas que se encontram.
Almas que significam, que se significam e que significam sentimentos.
Almas que evolam-se como a fumaça do cigarro, no cinzeiro, o dia inteiro.
Almas que se perdem por entre os sons e o choro, das promessas de um namoro, que vai começar.
Almas que permeiam os olhos bonitos.
Almas dos corações aflitos, do eterno dilema.
Almas dos que choram, ao lerem este doce poema.
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