A noite...

Vejo a noite emaranhada de sorrisos... Um belo conteúdo para um texto qualquer...

Sinônimo de vastidão... Sinônimo de exatidão... Essa é a noite que vejo.

Ondas de um calor sereno, agora... Depois, de um dia traiçoeiro... um dia sem vento...

Poderia ser diferente... Poderia colher da agitação cotidiana o gosto do vento...

Mas, deitamos na rede para ouvir o silêncio... As vozes da rua calaram-se diante da cena...

Ouvi teu rumo... E o dia que tiveste, depois da nossa Lua.

A noite é o caminho para o meu pensar... Tantos planos e panos... Tudo extremamente plano, durante o dia... Agora acordo para o respirar.

Os gatos são pardos, diriam... Os galos cantarão, em hora determinada...

E nós ali... Ouvindo o silêncio dos corpos...

A rede de palavras... A rede de significados... E o texto ganha prumo... Diante desses traços rabiscados...

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