PIANO
Delicadeza de uma nobreza entre os seus e toda aparelhagem o maior
Às vezes acorda quieto, Às vezes acorda alto
No grave, o drama, suspense, a ordem, a desolação e a impostação
No agudo, a delicadeza, sutileza, a tristeza, e paixão que toca solidão
Emaranhado de arrumações oitavadas que em si são encontradas
Infinitas inspirações são afloradas e em ti concentradas
Tu não só é escravo das canções, mas também das emoções
Tu não é só escravo das mãos, mas também das almas
Nunca nega teu brilho
Nunca se caleja da sua imensidão
Nunca pede, só oferece a exatidão
Nunca perde a concentração
Em ti quero pernoitar, quero olhar, quero chorar
Em ti quero sentar, quero idolatrar, e para sempre amar
E ser meu escravo infinito é te alegrar, em ti quero terminar
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