Aconchego

Meus olhos brilham quando...

Meus medos, dores e prantos são abraçados pelo teu colo e carinhosamente acalentados pela tua poesia.

Aí então, enroscada nos teus braços minha alma aflita encontra coragem para realizar uma partilha de revolução.

Na doçura de teus poemas, nutro minha valentia de ser mulher e guerreira.

Com a foice numa mão e a poesia na outra posso criar o impossível.

Se no fim de uma tarde de luta meu corpo exausto de dor voltar cansado para teus braços...

Teu colo estará lá, tal qual o ninho daqueles canarinhos a aconchegar minha alma e ouvir minhas histórias de índios, de negros, de povo sofredor.

Meus olhos brilham porque teu poetizar me encoraja a revolucionar.

Delamar A S Corrêa
Enviado por Delamar A S Corrêa em 02/09/2009
Código do texto: T1788144