Ah, tua sombra...
Ah, tua sombra...
Outrora, possivelmente menos sapiente,
Não me fostes menos que tua sombra.
E pelo lago –
Dos filmes e das imagens cerebrais –
Via a água, os peixes, as lembranças.
E, lá no fundo, via tua sombra, teus olhos;
Meus anseios.
Quando até ti eu volto –
De modo a nunca alcançar
Os fantasmas da minha infância –
Tua sombra me toma;
Corro até ela e não a alcanço.
Vejo só a mim mesmo.
E a mim mesmo vejo só.