Marca D'Alma

Torrente água, velame em coice

Espelho, penumbra e desejo

Crucificando,

Regendo o ensejo, pede a textura.

Couraça em titânio, escafandro

Um nó nas tripas, e as sangrias

Verdes salas com portas cerradas

Depauperação nas ruelas, nas escadas

Segue a ação dos espasmos.

Sentimento,

Relutante a gigantesco

Destemido, o olho do tornado

Indecifrável,

O sino dobra, tilinta e apanha.

Um passo à frente, dois ao nada

No travessão, o avesso do chão

E o improvável,

Uma nova versão.

Beges auras oriundas das tomadas

A voltagem gasta, um exorcismo

Mexe de pouco em bastantes sismos

Tem a pesca, tem a vara.

Enxaqueca,

É ferida, é a chaga

Sorvendo a seiva exsudada

Fim da apocalíptica espada.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 19/06/2006
Código do texto: T178651
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