O deserto!
O deserto imenso!
Dunas de areia quente,
Sol a pino.
O vento sopra mais quente com rumos incertos,
Desafiando aquela paisagem.
Os raios solares irradiam,
O solo quente e ardente
Fome, sede e a solidão!
A natureza quase nua, e morta.
Só o deserto!
Paixões marcadas.
No grande silêncio da caminhada...
O homem está em paz consigo mesmo.
Tantas longas caminhadas,
Vidas, fantasias, sonhos e visões.
Naquela terra fortemente seca!
O cansaço e o fardo pesam na jornada.
Uma gota d’água cai.
Um pé de cacto murcho e quase morto
Lágrimas retidas, desolações,
Amores não vividos,
Pois ficou só em pensamentos
Eu desenhei seu rosto na minha mente
Para ficar as lembranças daqueles momentos.
Há muitos corações solitários
Por esses desertos a fora.
Cheios de mistérios e miragens
Num silêncio profundo dentro de si.
Amam o crepúsculo e o entardecer
Naquele momento,
A paz cala seu pranto.