Tu que me vendaste os olhos

Tu que me vendaste os olhos por mil dias, tu que me tomaste como uma qualquer propriedade tua, tu! Tomara poder perpetuar cada pedaço de nós por aí disperso, o brado que me estrangulava a garganta de tão agudo que era, tomara ter possibilidade de fazer eterno o sorriso que por amor à posse lançou da tua boca.

Abraço quem não tenho, desejo quem finge desejar-me - o que sou eu se não a tua nascente de piedade? Rasto de insanidade que te importuna, repetidamente?

E jaz no solo o corpo da moça feliz.

Pára de ter compaixão!

Tatiane Gorska
Enviado por Tatiane Gorska em 28/08/2009
Código do texto: T1779580
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.