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Assombros da Noite 

A noite volta a me assombrar.
 
O sono parece que nem está perto de chegar. 

Olho para o relógio e vejo o ponteiro dos minutos pelos seus números passear. 

Não sei se tenho medo ou se meus segredos gostam de me perturbar. 

Não consigo ver nenhum farol aceso para minha escuridão iluminar. 

Tento não pensar. 

Mas meus pensamentos não conseguem se acalmar. 

Faz frio no tempo. 

Faz frio dentro de mim.
 
Estou perdida neste espaço e quero adormecer os meus ecos. 

Enrolo-me numa coberta de lã para me esquentar. 

Já não tenho mais forças e nem sei se quero lutar contra os sentimentos que teimam em me assaltar. 

Quem sabe se um pouco de sorte pode me ajudar.

Urgentemente, preciso aprender a olhar para as horas e simplesmente vê-las passar. 

Para agravar esta situação, minha voz interna está rouca e começa a falar num certo tom para me assustar. 

Não tenho para onde correr.
 
Não sei onde, de mim mesma, me esconder. 

Fugir, talvez, fosse uma solução.

Mas não é não. 

Logo ali na frente, eu me encontrarei de novo.
 
E de novo, serei minha companhia. 

E ouvirei novamente toda essa ladainha, que teimosamente insistirá à insônia me entregar.
 
Assim, prefiro ficar por aqui mesmo, olhando para tela do computador aonde as horas irão, certamente,
VOAR!!!!!!!!!!.