Decreto Rei

Cepas ridículas, decrépitas, hipócritas

Cegas fontes, de limo, de gente, de intérpretes insólitas

Puderam chegar e alcançar o pouco, nas calças arriadas

Ah!... Pliçadas.

Pobres, inúteis, cânceres volúveis

Aferroam, apregoam, estendem, mas não vencem

Seqüelas, ventosas em transe, pleiteiam, triunfam

Escapam do tempo, seguem no eixo homo da cinética cotidiana

Sangue do meu sangue, pérola da interação

Mais!... da inspiração, do âmago no fóssil da escuridão.

Solidão!

Sombras turvas e audazes, épico desencontro

Poderes cíclicos, infindáveis tópicos de torpes hominídeos.

A levar,

Sapiência e insígnias da morte.

Pairam de meias, displicentes

Sofrem, marcam o signo no horizonte inteiro

A rever, a ousar

Penetram inteiras, nas asas do lume

Que arde miúdo o transe em toque.

Paz!

Enxovalhando náiades, putrefatas retóricas

Paradigma dum emérito ósseo

Candeeiro de infortúnios, novatos e lépidos

Assim, há a vida

Um sopro intenso, vela de incenso

No coração do hóspede e do moribundo.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 17/06/2006
Código do texto: T177481
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