Desculpe-me
Menino dos olhos de mar, de alma como as águas cristalinas daquela cachoeira que eu visitava, desculpe se meus olhos não te olham como queres.
Desculpe se meus braços não te alcançam nesse inverno.
Desculpe essa minha distância, esses meus lábios que proibi dos teus.
Desculpe esse tanto de amor que ainda não sinto por ti...
Desculpe!
Menino de olhos claros, és como um anjo de doces palavras, de abraço apertado com cheiro de paixão.
És como um suspiro embriagado que me leva ao céu, mas não me faz render, ceder ou coisa assim.
És como um instigador de sensibilidade.
És como a paz, toda ela, em generosas doses.
És paciência.
Amor.
Doação.
Bondade.
Olhares.
Costas de mão em meu rosto.
Leves apertos em meu queixo.
Eu, bochecha rosada, olhos baixos.
És tão cauto.
Eu, só insegurança.
Desculpe.