Ao saber que é amor

O tempo passa devagar, olho para o relógio e os ponteiros movem-se muito vagarosamente como se o tempo estivesse disposto a morrer.

As imagens passam-me na mente. Oferecer resistência é o mais fácil, difícil é deixar de as contemplar.

O ar está muito tenso, o céu escuro, não se enxerga sequer um raio de sol. O meu sorriso perdeu-se. Poderá estar com as imagens, no centro delas que quando se aproximam de mim me representam. Sendo mais fácil ocultar a tristeza que me corre nos vasos sanguíneos.

Eu tenho conhecimento de que isto vai passar um dia. Na minha mente só surgem justificativas, essas desculpas têm razão, arrancaram-me um bom bocado de tristeza, mas não foi o bastante para me deixarem completamente feliz.

Já me saiu um rio dos meus olhos, fazendo lembrar o solo molhado. Mas não vai cair sequer mais uma gota, pois a chuva cai do firmamento e não do solo.

Risco as palavras como se estivesse a riscar um passado ruim, para não ter que me recordar dele.

Preciso tanto escrever "Te amo", para saber que o sinto!

Tatiane Gorska
Enviado por Tatiane Gorska em 23/08/2009
Reeditado em 23/08/2009
Código do texto: T1769642
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