O rumor dos passos do teu amor
Quando Pedro conheceu Juliana, ela já era casada há mais de três anos com um seu colega do banco, para complicar, um dos seus melhores amigos. Trocaram um beijo apaixonado e ficaram se amando loucamente em silêncio e fielmente, e toda a consumação física desse grande amor ficou nesse beijo proibido - que os fazia passar as mãos por seus lábios várias vezes durante todos os anos que estiveram separados - porque ela nunca aceitara trair o seu marido, que não amava como amava a Pedro, mas que era amoroso e dedicado companheiro e pai.
Depois de 20 anos, Juliana ficou viúva. Pedro, que nunca se casara, compareceu ao velório do amigo, sinceramente consternado com a sua morte, e abraçou e confortou a viúva. Uma semana depois, telefonou para ela:
- Ju, estamos livres para viver o nosso amor?
- Sim, Pedro, acabou a nossa espera de 20 anos...
- Então, te aguardo hoje na minha casa. A que horas vens?
- Lá pelas nove horas.
Pedro preparou um jantar à luz de velas, colocou um champanhe francês num balde de gelo, e com o coração na mão, ficou aguardando a chegada de Juliana. E deram 9 e deram 10 e deram 11, e nada de Juliana.
E quando, em pranto, já se dirigia para o quarto de dormir a campainha da porta tocou. Era Juliana. Estava linda, num gracioso vestido vermelho e decotado, e seus olhos brilhantes eram duas promessas de delícias para aquela noite.
Beijaram-se ardentemente e então ela reparou nos seus olhos vermelhos de tanto chorar:
- Por que choraste meu amor? Pensavas que eu não viria mais?
- Sim, querida, afinal eu te esperei por 20 anos; estava impaciente demais, os minutos, as horas me pareciam séculos...
Ela riu, aconchegou-se ao seu peito, e perguntou docemente:
- E não estarias disposto a me esperar por mais um dia?
- Até por outros 20 anos ou mais. Sempre será tempo para te esperar enquanto continuar ouvindo o rumor dos passos do teu amor...
Quando Pedro conheceu Juliana, ela já era casada há mais de três anos com um seu colega do banco, para complicar, um dos seus melhores amigos. Trocaram um beijo apaixonado e ficaram se amando loucamente em silêncio e fielmente, e toda a consumação física desse grande amor ficou nesse beijo proibido - que os fazia passar as mãos por seus lábios várias vezes durante todos os anos que estiveram separados - porque ela nunca aceitara trair o seu marido, que não amava como amava a Pedro, mas que era amoroso e dedicado companheiro e pai.
Depois de 20 anos, Juliana ficou viúva. Pedro, que nunca se casara, compareceu ao velório do amigo, sinceramente consternado com a sua morte, e abraçou e confortou a viúva. Uma semana depois, telefonou para ela:
- Ju, estamos livres para viver o nosso amor?
- Sim, Pedro, acabou a nossa espera de 20 anos...
- Então, te aguardo hoje na minha casa. A que horas vens?
- Lá pelas nove horas.
Pedro preparou um jantar à luz de velas, colocou um champanhe francês num balde de gelo, e com o coração na mão, ficou aguardando a chegada de Juliana. E deram 9 e deram 10 e deram 11, e nada de Juliana.
E quando, em pranto, já se dirigia para o quarto de dormir a campainha da porta tocou. Era Juliana. Estava linda, num gracioso vestido vermelho e decotado, e seus olhos brilhantes eram duas promessas de delícias para aquela noite.
Beijaram-se ardentemente e então ela reparou nos seus olhos vermelhos de tanto chorar:
- Por que choraste meu amor? Pensavas que eu não viria mais?
- Sim, querida, afinal eu te esperei por 20 anos; estava impaciente demais, os minutos, as horas me pareciam séculos...
Ela riu, aconchegou-se ao seu peito, e perguntou docemente:
- E não estarias disposto a me esperar por mais um dia?
- Até por outros 20 anos ou mais. Sempre será tempo para te esperar enquanto continuar ouvindo o rumor dos passos do teu amor...