Descobrindo...

Descobrindo

Deixo que tu me conheças

Que bata a porta do meu amplo existir...

Adentre,

Deixo que puxes a cadeira,

Vá até a escrivaninha onde se expõe meus múltiplos sonhos,

E delicia-te!

Esse agora é teu deleite...

Deixo que aportes a minha cabeceira e num átimo penetre em meu sono,

Percorra meu íntimo desvario,

Deixo que saiba quem sou

Que olhe minha letra e por ela anteveja minha retina,

Deixo que veja o mundo com o meu olhar.

Deixo que pergunte, indague as palavras,

Perpasse meus versos e perceba meu ilimitar,

Deixo que ouça meu silente bradar e interprete o meu sutil conclamar,

Compreenda de mim todas as razões...

Deixo que me chame, indague, incomode,

Deixo que atravesse o meu caminhar.

Deixo que aborde aporte, que me saiba como eu mesma nunca iria te contar,

Deixo que com jeito encoste-se a meu leito e então saiba de tudo em mim,

Do dormir ao acordar.

Deixo...

Roseane Namastê
Enviado por Roseane Namastê em 21/08/2009
Código do texto: T1766496
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.