Descobrindo...
Descobrindo
Deixo que tu me conheças
Que bata a porta do meu amplo existir...
Adentre,
Deixo que puxes a cadeira,
Vá até a escrivaninha onde se expõe meus múltiplos sonhos,
E delicia-te!
Esse agora é teu deleite...
Deixo que aportes a minha cabeceira e num átimo penetre em meu sono,
Percorra meu íntimo desvario,
Deixo que saiba quem sou
Que olhe minha letra e por ela anteveja minha retina,
Deixo que veja o mundo com o meu olhar.
Deixo que pergunte, indague as palavras,
Perpasse meus versos e perceba meu ilimitar,
Deixo que ouça meu silente bradar e interprete o meu sutil conclamar,
Compreenda de mim todas as razões...
Deixo que me chame, indague, incomode,
Deixo que atravesse o meu caminhar.
Deixo que aborde aporte, que me saiba como eu mesma nunca iria te contar,
Deixo que com jeito encoste-se a meu leito e então saiba de tudo em mim,
Do dormir ao acordar.
Deixo...