O SENTIMENTO DA ESPERANÇA.

Quero entender, porque a esperança não é cultuada pela população que vive sem rumo, anestesiado sem dar atenção aos detalhes, da esperança do amanhã.

Pergunto ao tempo, com sua paciência milenar; porque a esperança morre e ressuscita com a mesma intensidade, e calmamente me respondeu. Foram as magoas plantadas, que deixaram a esperança sem rumo, esperando a hora da colheita; coitado daquele coração que magoou, pois conhecera a verdade da ação e reação. Calmamente o tempo que não conhece a pressa, apontou para uma flor e deu como exemplo de uma esperança, que foi enterrada como uma semente morta e ressuscitou com a força da vida, para mostrar ao mundo que compensa ter esperança; e também falou das abelhas, que não perdem a esperança, quando o jardim sem flores não tem o néctar que sustenta a colméia, elas se recolhem na esperança de ver um jardim florido, para convidar os colibris e as borboletas para juntos beijarem as flores.

A esperança é a Deusa de uma oração, ela cultiva sentimentos de bondade e vive onde somente o coração pode alcançá-la, ela enfrenta os desafios da vida, ela é como uma mãe mulher, quanto mais difícil os obstáculos, na mesma proporção a esperança brota em seu coração; a esperança é o exemplo da vida da alma, que nasceu junto com o tempo e até hoje tem a esperança de encontrar sua alma gêmea, para se juntar no coração de Deus.

A esperança não subestima o mal, ela simplesmente combate com sabedoria, tirando as ervas daninhas do caminho, para dar passagem ao destino que busca na esperança, a razão de viver mais um dia atrás do sonho que só a esperança conhece, e quando chega o silencio da noite, o desejo confidencia ao destino, que o sonho só vive por causa da esperança.

Rogério Miranda

poeta da paz