Em nuvens DES_equilibrando
Em nuvens DES_equilibrando
Assim me concebo,
Flanando avessa aos percalços,
Ajuste que perdura até que chegue um devaneio,
E logo sou embriagada de luares,
Absorta ante ao por do Sol...
Desnuda de acertos,
Banho-me em cascatas de desvarios,
Ao vento deambulo,
Envolta por inócuo véu de desalinhos...
Nas estações sou leviana primavera
Perdida em caminhos embebedados de tenras flores
Ao aspirar, inebrio-me com aromas inaudíveis...
Mergulho no mar das veementes (in)possibilidades,
Inesperado,
Eis que batem na minha porta os sonhos,
Acordam-me,
Desperta os faço entrar,
Agora cedem lugar aos riscos, os acertos...
Doce arriscar,
Aventar, Aventurar...
Irresistível vontade de virar a esquerda,
Mesmo sabendo que na reta há promessas infindas...
Prefiro os desavisos...
Interrogações seguidas de exclamações...
Nunca ponto final.
Dou-me aos precipícios,
Aos suores gotejando emoções,
Sanidade feita de delírios febris,
Beijos concedidos são pura letargia...
Calmos em demasia...
Prefiro os furtados...
Inesperados...
Arroubos que extasiam...