À tarde...
Isabel anda contente... Resolveu tantas coisas que queria...
Encontrou-se... Eu diria.
Olhando-a bem de pertinho, posso entender o que ela diz sentir...
"Aflição"... Isabel tem nos pés um furacão.
Ontem, saímos para dar uma volta novamente... Eu a guiar os seus passos, numa volta pelos arredores da montanha...
Nenhuma palavra foi dita... Ela recusava-se a falar comigo, desde o último incidente... ( Eu não entendi que ela estava sofrendo por amor e falei mais do que a boca... E tal).
Isabel olhou para o céu, encantada... Gosta de fins de tarde... Fica perplexa diante das fronteiras mediadas pelo cair das luzes.
Ontem, percebi que ela havia mudado... Algo ainda no início... Sem muita definição ainda... Mas, algo concreto.
Ainda não sei o que é de fato... Sou a autora, não a personagem... Mas, o que Isabel guardara no peito por tanto tempo está mudando junto com ela...
"Não é possível amar assim... Tenho de cuidar daquilo que existe de fato"... Li, nas entrelinhas de um franzir de testa...
Mas, "aos farrapos" foi o que eu ouvi depois...
Em câmera lenta, pude ver a tarde sumir atrás de Isabel... Ela sorri, quando o vento lhe faz cócegas... Amarra, aos dedos, os cabelos... Morde os lábios...
Anda diferente, a Isabel... Está cada vez mais difícil esperar algo, quando é ela quem dita as letras...
14:30
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