DO DESPREZO AO AMOR
Evaldo da Veiga
Faz muito tempo, eu tinha em torno dos vinte anos
quando li " Dali falando de Dali", o título era
mais ou menos este.
Era um livro escrito por Salvador Dali falando dele mesmo.
Falava em ouro, muito ouro, muita riqueza.
Muito ornamento em seu palácio e já nem
sei bem do que ele mais falou.
O que retive foi muito bem material que não foi digerido
por meus sonhos ideológicos de esquerda jovem,
sem entendimento do mundo em outras nuanças.
Fora da igualdade nada feito, foda-se o capitalismo,
assim eu pensava, eu era assim.
O tempo foi passando, um bom tempo e nem tanto,
porque já aos vinte e cinco anos eu amava o Dali.
Com um amor banhado de gentileza que me permitia
não notar o que não me agradava ver,
e ver tudo, bem em essência mesmo, o que
animava minha alma, e era muita coisa...
Eu tinha o Dali pra me ofertar beleza.
Tudo que eu queria de lindo e comovedor em arte, o Dali ofertava,
era ele quem me despertava uma atenção meiga,
que acariciava.
Fui indo ao encontro do Dali e descobrindo
o que o realimentou, o que ele sentiu , sentia, sua outra essência bela,
a que ia após ou tinha chegado antes
da esplendida obra primeira, ou do magnífico conjunto de obra.
No amor por sua Musa, Gala, me derreti em aplausos e me
preparei pra o início de um dia amar e curtir uma mulher,
verdadeiramente...
Só que a dosagem do remédio Dali foi muito alta,
amei muitas mulheres, um tanto além do que devia.
Sei hoje, que amar é cuidar, protegendo e contemplando,
admirando e usando, na mais leve
e extremada emoção, pois o bem só tem verdadeiro valor se usado...
Amor homem / mulher,
delicadeza na alma e no corpo, aquele outro lindo prazer,
que emerge do mais Santo e Puto Tesão.
N - Imagem, Tela do Salvador Dali
www.recantodasletras.com.br/autores/evaldodaveiga
evaldodaveiga@yahoo.com.br
Evaldo da Veiga
Faz muito tempo, eu tinha em torno dos vinte anos
quando li " Dali falando de Dali", o título era
mais ou menos este.
Era um livro escrito por Salvador Dali falando dele mesmo.
Falava em ouro, muito ouro, muita riqueza.
Muito ornamento em seu palácio e já nem
sei bem do que ele mais falou.
O que retive foi muito bem material que não foi digerido
por meus sonhos ideológicos de esquerda jovem,
sem entendimento do mundo em outras nuanças.
Fora da igualdade nada feito, foda-se o capitalismo,
assim eu pensava, eu era assim.
O tempo foi passando, um bom tempo e nem tanto,
porque já aos vinte e cinco anos eu amava o Dali.
Com um amor banhado de gentileza que me permitia
não notar o que não me agradava ver,
e ver tudo, bem em essência mesmo, o que
animava minha alma, e era muita coisa...
Eu tinha o Dali pra me ofertar beleza.
Tudo que eu queria de lindo e comovedor em arte, o Dali ofertava,
era ele quem me despertava uma atenção meiga,
que acariciava.
Fui indo ao encontro do Dali e descobrindo
o que o realimentou, o que ele sentiu , sentia, sua outra essência bela,
a que ia após ou tinha chegado antes
da esplendida obra primeira, ou do magnífico conjunto de obra.
No amor por sua Musa, Gala, me derreti em aplausos e me
preparei pra o início de um dia amar e curtir uma mulher,
verdadeiramente...
Só que a dosagem do remédio Dali foi muito alta,
amei muitas mulheres, um tanto além do que devia.
Sei hoje, que amar é cuidar, protegendo e contemplando,
admirando e usando, na mais leve
e extremada emoção, pois o bem só tem verdadeiro valor se usado...
Amor homem / mulher,
delicadeza na alma e no corpo, aquele outro lindo prazer,
que emerge do mais Santo e Puto Tesão.
N - Imagem, Tela do Salvador Dali
www.recantodasletras.com.br/autores/evaldodaveiga
evaldodaveiga@yahoo.com.br