--LEMBRANÇAS DA GUERRA--
Estes olhos expressam o coração corrompido.
Frágil inocência vendida por migalhas que
nada valem.
Sonhos trocados por realidade apática.
Por onde divagam os pensamentos deste ser
neste momento de lucidez.
Um lugar para se estar na sua eterna loucura
solitária.
Não é aonde se estar que sacia sua busca mas
a ilusão do lugar que gostaria de habitar.
Nesta dor finita que acelera o fim iminente ele
alimenta velhos sonhos juvenis.
Como se assim a vida doesse menos e valesse
sua ardúa luta.
Mas sua alma esta cansada, seus sentimentos
abandonados e sua existência é as sombras do
campo de batalha.
Dos inimigos que caem, dos amigos que se foram.
Lá esta ele agasalhado com sua amargura, com
pensamentos insólitos sobre a primavera.
Com pesar sorri imaginando o campo arido repleto
de girassois e jasmins.
Gargalha no delírio de um dia haver paz entre os
homens.
Se percebe tolo sonhador recriando um bom momento
que jamais havera.
Seu corpo massacrado pelo frio e a fome doe terrivel-
mente.
Seus lábios tem gosto de sangue, sua alma esta man-
chada.
Morrendo lentamente imagina anjos e querubins e
se descobre temeroso.
Lágrimas caem por sua face e a solidão doe como
a navalha do inimigo lhe atravessando o coração.
Um sussurro, prece desconexa e a vida axpirando....
E haverá paz numa nação manchada com sangue
de inocentes.....
Talvez quando a fome não mais assolar multidões,
o dinheiro não corromper a etica e a moral.
Menino homem com seu fuzil tomba inerte as dúvi-
das que assolam o mundo.
Enfim, sua alma se liberta das mazelas da ignorancia.
-camomillahassan-