EU CARENTE E/EM PROSA

Sempre que o posso e o faço sempre, avizinho-me às suas mãos, perfeitamente sóbria e penso o intencional pretexto em fazer-me assim, perto, individual...

A perfeição dos versos de DRUMMOND descortina obstáculos e tudo que se me válido antes, se oculto ou prazenteira, próximo ou longe do inexistente sonho. E sonho. Afora o cotidiano que se mistura às coisas e a espectros de rotina não me anuviam os olhos em introspecção relativa. Pensar, antever faz-me mais cônscia, menos vegetativa, mais verso. E, percorro o labirinto encantado, caminhos que percorri, perfumes, rostos, lugares que a mim marcaram irremedivelmente. Amigos irretornáveis, momentos divididos, não fora assim teria as minhas mãos vazias.

Justa, se bem falha, assaz ingênua, vi sorrir olhos, acalentei sonhos, soergui-me, debati-me e fiz-me frágil. Isso herdei, coisas do sangue, não causa e efeito de vivência. A quantos fiz-me grata, quanto de bem recebi.

Eu me perco nestas mãos, fortes mais que o homem e acalento o desejo de possuí-las. E se me agiganto quando as minhas frágeis mãos perdem-se noutras, seguros e entrelaçados dedos. O mínimo afago se me atordoa e torno-me então tão mínima, tão tênue.

Por favor, outro conhaque, outro toque, outra canção...