NÃO TEM PERDÃO

Não faz muito tempo, ainda me lembro, era ainda tão pequena, mal sabia se vestir ou se expressar.

Com seu shorte curto ou seu vestidinho franzido.

Uma verdadeira criança em fase de crescimento e de amadurecimento.

De repente ela chega, sem fazer ruídos, de mansinho como quem não quer nada.

E a tal, distraída, nem percebe o grande mal que esta chegando!

Ela vem com seus truques, em formas bem sutis onde sua presa nem percebe.

É ela, a velhice, força do destino, projeto do nosso criador.

Podemos nós nos recuar? Não, somente amenizar a situação, afugentar os maus pensamentos e o negativismo, desabrochando o espírito jovem e romântico dentro de cada ser.

É dele que precisamos, com ele nunca seremos um velho.

Deixemos que nossa carne pereça, que nossos cabelos se branqueiam, que nossas peles se enruguem, o importante é o que vai dentro de nós.

As aparências nos enganam, então deixemos transparecer, como se fosse por de trás de uma cortina o nosso espírito jovem e ainda sonhador.

Ele precisa continuar o seu plano, há ainda muito que fazer!

Ah! E aquela menina, se transformou numa velha, pois a velhice não tem mesmo perdão!

Novembro/ 1995

Djanira Campos
Enviado por Djanira Campos em 14/08/2009
Código do texto: T1754698