ANJOS.
A vida me arregala os olhos,
Dilata-me as oiças, e,
Faz latir todos os meus sentimentos,
Êta, que coisa maravilhosa!
Não obstante todo esse prazer é
A morte que me tem feito arrepiar
Ah, prodígio!
São Anjos!
Em esvoaçantes vestes de fantasias e realidade,
Conforme imaginação, enquanto abrem ou cerram olhos,
Por espanto ou satisfação aguçam assim todos os sentidos
Tornando mais sensível o coração - De mãos dadas guardam
E aguardam, no tempo em que, regalam aos tutelados o sabor,
De cada emoção!