Regressando...
Regressando...
Aos poucos,
Regressam as letras viajantes,
Palavras que se esconderam
Versos que longe estiveram,
Distâncias,
Pensar egresso.
Aportam escritas omissas,
Rimas que prescreveram,
Sílabas com validade vencida,
Lentamente,
Meio a sombras, equívocos,
Sal corrente,
Voltam aqueles que querem apenas ser,
Chegam pedindo exposição
Dizeres que se ausentaram,
Preenchendo lugares vazios,
Silenciosos...
Agora, baixinho, falam!
Se atenta e escuta,
Vozes interiores pedem palavra,
Querem fluir ter vez,
Expressar, Encantar,
Transmitir, traduzir,
Ser partilha...
Deixa que venham,
No seu tempo,
Na íntima necessidade,
Premente,
Volátil...
Exacerbando...
Aceita que contem,
Do sentir,
Do acaso, da solidão,
Da quietude,
Introspecção...
Belo é repartir,
Transferir,
Em poéticas as duras palavras,
Das pedras do poeta, o entreouvir,
Ainda qual dores, agruras...
Lágrimas que sejam...
É o poeta humano,
Padece então,
Solitude...
Cujos sorrisos tantas vezes
Mascaram o triste do olhar,
Há que repartir,
Toda tristeza,
O silêncio do fitar longínquo...
Abrem-se aos versos do coração o dilacerar,
Que feridas sararão,
Aflorar de vigorosos risos,
Dias intensos de Sol,
Alegrias no reverso da solidão...