IDOLATRIA
Penetro no brilho doce dos teus olhos, que por detrás da couraça de candura, de tão brilhantes, ofuscam; e de tão doces, melam. Embora alienado no melado ofuscante, jamais atinjo tuas emoções mais recônditas. Tuas atitudes filtradas pela minha paixão são indescritivelmente coesas, retas e não me digno a tocá-las. É que a perfeição se afoga no lago humano...
É como se todas as minhas limitações se despissem, prontas a se banharem nas tuas virtudes divinas – rios de águas límpidas, convidativas e... escaldantes. Pois que me queime...