Ontem fiquei meia madrugada esperando o fenômeno
anunciado das muitas estrelas cadentes que cairiam
dia 11 e 12  (hoje)  no céu. Estava maravilhada com a
possibilidade dos muitos pedidos que faria a elas, em cada uma que visse caindo.
Coloquei uma cadeira no jardim, garrafa térmica com
café quentinho e o olhar no céu.
Esperei esperei, mas como talvez não estivesse num
lugar muito escuro conforme advertiram que
fizessemos para ter boa visão, elas não cairam.
Mas meu olhar ficou pregado no céu e, então percebi 
e entendi QUÃO MINÚSCULA, PEQUENA, FRAGIL, MEDROSA E INSIGNIFICANTE sou perante
aquela imensidão da eternidade.
Não vi as cadentes, mas em compensação vi o todo
que deslumbrada constatei nunca ter reparado tanta
beleza.  Pensei nas coisas tão insignificantes que dou valor e que na verdade nada significam.
Então naquele momento passei a não esperar mais es-
trelas caindo numa chuva emocionante do milagre
Divino, mas no mergulho que minha alma dava perce-
bi que estava mudando em mim concepções que as
tinha como únicas e verdadeiras na minha vida e,  que
na verdade eram apenas falta de amadurecimento da
minha alma.
E, com o olhar preso lá em cima compreendi que des-
sa vida não vou levar nada, apenas tornar-me espirito
com alguma luz.  E, enquanto viver fazer o maior bem
que puder para esse avanço nessa luz.
Se não vi estrelas cadentes aos milhares caindo, a luz
vinda lá de cima, me iluminou, e de alguma forma o mi-
lagre deu-se.  Me redescobri.
Hoje novamente tentarei ve-las caindo e vou agrade-
cer a paz que agora sinto.

http://www.youtube.com/watch?v=jkZ6SmvXOEY
ysabella
Enviado por ysabella em 12/08/2009
Reeditado em 12/08/2009
Código do texto: T1750011
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