A revolução
obs: publiquei esse texto, antes, com o pseudônimo Plácido Ferreira
23/05/2009
Ainda quando menino,
Falavam-me de Getúlio como um Leviatã (Estado cruel).
Ao crescer, vi uma “Revolução” diante dos meus olhos,
E nada fiz – era 64.
Quando falaram em esperança,
Vi Tancredo despedaçar-se como uma estátua de lágrimas –
Com o sentimento da humanidade junto.
Hoje, criança, não vejo Tancredo nem Getúlio – ainda que o mal falado.
Vejo a mim mesmo (e não gosto da imagem),
Pois aquele lá que governa sou o eu de ontem;
Aquele que, em menino, era cheio de esperanças.
Agora – não como ontem – despedaço-me;
A esperança se foi;
Resta-me, pois, renascer.