Giz
Peguei num giz e desenhei uma risca na calçada.
Desprovida de qualquer intenção.
Era uma risca sem vida, sem intento, era uma risca e p(r)onto.
Eu sorri, sem razão alguma, mas a ideia de fazer uma risca na calçada com um giz distraía-me.
Desenhei uma risca e mais outra, e outra e outra.
E sorri ainda mais, contemplei (re)nascer em mim... ou talvez nas riscas em cores na calçada... a simplicidade da criança que preservei no meu ser.
Foi bom sorrir.
Foi bom o renascer...
... Da criança entorpecida.