Eu, na Minha
Adeus, amigo meu!
Vou-me pra longe de ti
Largo-te no anel da juventude, no esplendor do milênio.
Carrego comigo as peripécias, as ingenuidades da estrada,
A excentricidade da flor.
Seguirei meu rumo, sem prumo, sem terço.
Abandono-te no rumor dos teus anseios, sem apólice, nem remorso.
Nego a ti, a companhia de um leme imenso, mais e quiçá, intenso.
Colega ergue-te!
Intensiono flexioná-lo ao mundo, remover as faces indóceis.
Não te permitiria se contigo estivesse agora.
Era hora, homem!
As utopias emanam dos sonhos fúteis, infundados e séquidos.
Não jaz às loucuras dos tontos e dos bêbados.
A morte nos acompanhará.
Seguirei trilhas e milhas a procurar o amor e a paz.
O atroz audaz a primar por lacunas e rouquidões.
Esqueça-me agora, pobre cúmplice!
Esmoreça na rasura de teus versos, nas brochuras, nos abscessos.
Tenra serás a pele de teu inverso, o lúdico, o incorreto.
Pensas em nós, Ó inopioso!
Herdas de mim, a tua mais imensa glória, o teu vértice de sacrifício, o lume na praia deserta.
Sentes no peito, insolente ser!
Seja imponente, não seja impotente no seu miserável dizer.
Sugue a fronte dos insípidos sangues corpóreos,
Tente a lua, imensa, crua e relevante.
Não busque na Terra, a razão de não mais poder voltar.
Caiba em si, de todas as suas rasuras,
Intere-se no âmago das vozes, das taças amargas que a vida entorna.
Alegre-se, pútrido feto!
Amanhã, tu estarás na tua vida.