O Ébrio e a Noite
É vida que aspira, exige e clama por luz
O vínculo serrado no toco
À procura da essência na tenra idade
Encontra magoada sua metade.
Pensamento ao léu atinge o pico
As torturas e as idéias instigam-se de glória murmurante
O vento sopra incessante.
Ao copo, mais que gotas... litros de uísque
Verseja o pranto, entoado, emergente
Abriga as falanges de um dia sombrio.
Rasteja sobre o leito
Infinito em sua noite
À espera da musa para cura de sua dor.
Respira o esplendor e os litros não se encerram
O jardim toma forma de infinito
Enovelando respostas e minúcias.
Ali, ao longe, aguarda o destino, intrépido
Reunido em conjunto como linces em caça.
Ao léu, as imagens desfalecidas, confusas
Brindam a esmo, como cartas marcadas
Quentes e bravios, os sentimentos cedem aos impulsos
E intercedem mudos, em favor da bebedeira.