O Ébrio e a Noite

É vida que aspira, exige e clama por luz

O vínculo serrado no toco

À procura da essência na tenra idade

Encontra magoada sua metade.

Pensamento ao léu atinge o pico

As torturas e as idéias instigam-se de glória murmurante

O vento sopra incessante.

Ao copo, mais que gotas... litros de uísque

Verseja o pranto, entoado, emergente

Abriga as falanges de um dia sombrio.

Rasteja sobre o leito

Infinito em sua noite

À espera da musa para cura de sua dor.

Respira o esplendor e os litros não se encerram

O jardim toma forma de infinito

Enovelando respostas e minúcias.

Ali, ao longe, aguarda o destino, intrépido

Reunido em conjunto como linces em caça.

Ao léu, as imagens desfalecidas, confusas

Brindam a esmo, como cartas marcadas

Quentes e bravios, os sentimentos cedem aos impulsos

E intercedem mudos, em favor da bebedeira.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 13/06/2006
Reeditado em 12/10/2007
Código do texto: T174663
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