Boroco de Café

Epa, quem me chama do meu pé?

Cheirou sapé e queimou chulé?

Sou eu aqui, seu sem-alça de sacolé!

É gozadeira, não é?

Querer um coiso para levar fé!?

Quer doceira chupa picolé!

Você, tua vó e a trolha da tua mulhé!

Que diacho de abaité!?

Xispa fora, rapa poste de candomblé!

Ai, socorro, sai de mim, ô zé mané!

Só caí da aba de seu boné,

e tava sozinho, sá-comé.

É, poizé...

Seria engraçado até,

beber pinga pensando ser tereré,

E rimar uma treta de jacaré,

com um boroco de café.

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Sem razão, mas dedicado a Lao-Tsé.

Miguel do Lucari
Enviado por Miguel do Lucari em 02/08/2009
Reeditado em 14/08/2009
Código do texto: T1733327
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