Boroco de Café
Epa, quem me chama do meu pé?
Cheirou sapé e queimou chulé?
Sou eu aqui, seu sem-alça de sacolé!
É gozadeira, não é?
Querer um coiso para levar fé!?
Quer doceira chupa picolé!
Você, tua vó e a trolha da tua mulhé!
Que diacho de abaité!?
Xispa fora, rapa poste de candomblé!
Ai, socorro, sai de mim, ô zé mané!
Só caí da aba de seu boné,
e tava sozinho, sá-comé.
É, poizé...
Seria engraçado até,
beber pinga pensando ser tereré,
E rimar uma treta de jacaré,
com um boroco de café.
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Sem razão, mas dedicado a Lao-Tsé.