Concretude
Hoje eu quero poesia degustada n'alma,
sem cobertura de chocolate ou café creme...
Só a alegoria do que ontem foi tristeza.
Baixo as cortinas, luz acesa, melancolia e graça
como dorme a mariposa.
Se nada houver hoje não quero alegria,
daquela em tons pastéis que se compra a dez reais.
Acendo o fósforo, olho ao redor...
A lamparina não tem mais óleo!
Imprudente eu sou, juntamente com mais dez virgens,
que impunemente enxergam na torre da TV
a luz que se abre, quais braços a abençoar.
Fujo de mim... Mereço, por isso mesmo,
o perdão, a alma cativa, o antigo laço...
Lácio de línguas nefastas.
Hoje morta estou para tudo o que não for amor
e nessa mornidão, proclamada aos quatro cantos,
chegam do apocalipse, cavaleiros...
Para redimir a lua cansada de invernos
e trazê-la à concretude brilhante!
Imagem do google: efigeniacoutinhoselospremiosblogsamig