O silêncio...
.. por vezes, dói. Juro, que em alguns momentos da vida, gostaria de ser uma mosquinha, pra ficar voando perto de algumas pessoas e entender o que se passa com elas. Tentar fazer o silêncio ir embora. Ter uma bola de cristal que me contasse o que às vezes a gente não diz, seria bom também. É que seu silêncio me destrói, por dentro. Me faz pensar em mil situações e motivos pra toda gritaria que se faz dentro de mim, quando você se cala. É que eu espero demais, eu acho. Quando você me chama de amor, eu espero mais, e suas palavras acabam: engasgam em algum lugar do caminho entre sua vontade e as palavras que [não] diz. É que ter você na minha frente em silêncio me traz aconchego, calmaria. Mas ter seu silêncio estando longe, dói. Porque eu não tô te olhando. Porque assim, distante, eu não posso sentir você, calado. E não posso entender você, se você se cala. Isso, incomoda. Sufoca. Prende. Impotente, eu fico. Sem lugar. Inquieta. Hoje, a maior falta é da sua voz. Do seu canto. Do seu sorriso. Do seu jeito de me fazer rir, mesmo quando a vontade era de chorar. A falta é do teu barulho e a tristeza é pelo teu silêncio. Só dessa vez.
“[...] Me mata essa vontade de querer tomar você num gole só
Me Dói essa lembrança das suas mãos em minhas costas
Sob o sol da manhã
Você já me dizia: Conheço bem as suas expressões
Você já me sorria ao final de todas as minhas canções
Então por quê?”
(Digitais – Isabella Taviani)